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O diretor estatutário da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, foi preso nesta terça-feira (12), em São Paulo, durante a Operação Ícaro, que investiga um esquema de corrupção e fraude tributária envolvendo empresas do setor de varejo e auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda.

Com mais de três décadas na companhia, Gomes iniciou sua carreira na varejista em 1994, ocupando por 20 anos o cargo de diretor de tecnologia. Desde 2014, atua como diretor estatutário. Formado em Administração de Empresas, ele foi detido em um apartamento na capital paulista.

Além de Gomes, também foram presos o empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o grupo favorecia empresas em troca de propina, por meio da facilitação de pedidos de crédito tributário.

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Segundo as investigações, Artur movimentou cerca de R$ 1 bilhão em propinas. O esquema funcionava desde 2021 e utilizava uma empresa de fachada em nome da mãe do auditor para prestar serviços tributários fictícios.

Ele orientava as companhias sobre documentos e procedimentos para agilizar o ressarcimento de créditos, beneficiando quem pagava pela vantagem indevida.

Os mandados de prisão temporária têm validade de cinco dias, e os investigados podem responder por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As empresas envolvidas

Fundada em 1986, a Fast Shop atua no varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com 80 lojas no país e operação online robusta. É dona da A2YOU, rede especializada em produtos Apple, e registrou receita estimada de R$ 3,6 bilhões em 2023.

Já a Ultrafarma, criada em 2000, se destacou pela venda de medicamentos genéricos com preços até 80% menores que os de mercado. Possui sete lojas próprias em São Paulo, mais de 300 licenciadas, operação online e marcas voltadas a suplementos, óticas e atacado.

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