A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta-feira (8) uma operação contra um esquema de transporte clandestino controlado pelo Comando Vermelho (CV) na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, pelo menos 300 mototaxistas eram obrigados a instalar e operar por meio de um aplicativo desenvolvido pela facção criminosa.
O serviço, em funcionamento há pelo menos três meses, movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. Plataformas oficiais como Uber e 99 eram proibidas de atuar na região de Bangu, forçando moradores e passageiros a aderirem ao sistema ilegal.

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Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Em um dos endereços, os agentes encontraram cerca de R$ 300 mil em espécie e uma BMW blindada.
As investigações apontam que o esquema era dividido em dois núcleos: um responsável por coagir e controlar os motoristas com ameaças e extorsões, e outro encarregado de gerenciar as finanças, repassando todo o faturamento ao chefe do tráfico local.
Empresas de fachada eram utilizadas para lavar o dinheiro e dar aparência de legalidade à operação.
“O único aplicativo que passa pela barricada”
Batizado de Rotax Mobili, o app ostentava até um slogan: “O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa pela barricada e te deixa na porta de casa.”
O uso do aplicativo expunha a capilaridade do controle territorial do crime organizado na região, ampliando o alcance econômico da facção e restringindo a presença de empresas legalizadas de transporte.
Para a polícia, o modelo demonstra como facções estão diversificando atividades ilícitas, explorando setores da economia urbana que dependem da mobilidade local e da ausência de fiscalização efetiva.
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